quinta-feira, 22 de maio de 2014

Leitura Online! Quadrinhos - Guia Prático

Leitura Online! Quadrinhos - Guia Prático
Excelente material para iniciantes e estudiosos dos Quadrinhos.
A obra apresenta dicas para quem desejar criar suas próprias histórias, entender o processo e elementos que fazem parte da estrutura e criação da própria nona arte.
Indicado a adultos e crianças, com 62 paginas ao todo, em cores.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

“É possível aprender a desenhar quadrinhos”

“É possível aprender a desenhar quadrinhos” – Conversa com Anke Feuchtenberger

Anke Feuchtenberger; © Julia Steinigeweg

Anke Feuchtenberger é professora de desenho e ilustração de mídias na Escola Superior de Ciências Aplicadas (HAW) de Hamburgo. Falou com “Goethe.de” sobre a arte dos quadrinhos em escolas superiores alemãs..Professora Feuchtenberger, em quais situações a senhora recomendaria o estudo numa escola superior de artes alemã a pessoas que se interessam por quadrinhos ou que têm talento artístico?

Não recomendaria a ninguém que não tivesse a iniciativa de escolher esta área de estudo. Seria uma responsabilidade grande demais: os quadrinhos na Alemanha ainda são uma área difícil quando se quer viver deste ofício. É necessário trabalhar em diversas áreas, por exemplo, ilustração ou desenho gráfico, para poder se dedicar aos quadrinhos como atividade complementar.
Até hoje, elaborar quadrinhos não é considerado uma profissão em si e não há cursos superiores específicos para formar jovens nesta área. Até o meu cargo na HAW de Hamburgo está dedicado a desenho e ilustração. Precisei batalhar bastante para conseguir incluir determinados tópicos e tarefas relacionados aos quadrinhos nas minhas aulas. Mas hoje em dia, ministro uma disciplina dedicada exclusivamente aos quadrinhos.


Quem tem talento, pode aprender a contar histórias


O que a senhora ensina além disso?
Além disso, ainda ministro uma disciplina do curso de Master em que os alunos podem trazer seus próprios projetos, que nem sempre são quadrinhos. E eu ministro um curso de desenho com perfil acadêmico em que transmito as bases do desenho de quadrinhos e do desenho com narrativa. Nesse curso também desenhamos paisagens, o que é um bom fundamento para os quadrinhos se pensamos, por exemplo, no desenho de espaços.
Até que ponto é possível aprender a desenhar quadrinhos, qual é o talento mínimo que um futuro quadrinista deve ter?
A pessoa tem que ter talento para desenhar. O resto se aprende. Alguns alunos me procuram no início do semestre e dizem que não sabem contar histórias. Esses primeiros passos são difíceis. Mas pela minha experiência, os alunos aprendem a contar histórias quando adquirem uma certa desenvoltura no desenho e se afastam daquela concepção inicial do que deve ser uma HQ.

Tradução de realidade em dimensões abstratas


Como a senhora vê a sua Faculdade em relação a outras Escolas Superiores de Artes, como Kassel ou Berlim, onde os quadrinhos também ocupam uma posição importante?
Não estamos tão distante delas. Quem estudou em Kassel ou em Berlim geralmente recebeu uma boa formação geral na área de desenho gráfico e design. Na nossa Faculdade, entretanto, design e ilustração são cursos distintos. Isso tem vantagens e desvantagens.
Minha proposta pessoal é deixar os alunos se desenvolverem livremente na área do desenho e aprenderem diversas formas de traduzir a realidade em dimensões abstratas. Para mim, o estilo não vem em primeiro lugar. Quero que durante o maior tempo possível os alunos não se comprometam com um estilo e mantenham muitas portas abertas.

Muito inspirados pelos professores


Mas vários trabalhos de alunos seus dão a impressão de terem sido influenciados pelo seu estilo …
Isso também acontece com meus colegas de outras faculdades: reconheço imediatamente quando estou diante de um aluno de Henning Wagenbreth da Universidade de Artes de Berlim. Ou de um aluno de Hendrik Dorgathen, de Kassel.
Acho que é comum os alunos serem influenciados e inspirados pelos seus professores. Não ensino o meu estilo pessoal nas aulas e tampouco apresento meus trabalhos na faculdade. E há vários ex-alunos meus que desenvolveram um estilo bastante diferente, por exemplo, Sascha Hommer, Arne Bellstorf, Line Hoven e Birgit Weyhe.

O interesse por mangás não é empecilho


Estudantes que gostam de mangás, que continuam em voga, recebem uma boa formação na sua faculdade?
Arne Bellstorf; © Oliver GörnandtEntre meus alunos há várias mulheres que gostam de mangás, o que para mim é muito positivo, porque costumo incluir as inspirações dos grandes mestres dos mangás nas minhas aulas. Para mim, o mais importante é que o aluno se dedique a temas pelos quais realmente se interessa e encontre o seu estilo pessoal.
Qual é a sua opinião sobre as instituições privadas que oferecem cursos específicos para futuros quadrinistas, como a Design Akademie de Berlim ou a Comicademy?
Diferentemente das entidades privadas, a formação nas Escolas Superiores de Artes oferece um repertório amplo com um foco muito individual e artístico. Trata-se de uma formação artística em nível de vanguarda, que não está voltada prioritariamente para o mercado. Mas é claro que também queremos que os nossos alunos encontrem trabalho depois de formados.

Como apresentar uma obra a uma editora?


Os seus alunos também aprendem a se sustentar, depois de formados, com a profissão de quadrinista?
Sim, este aspecto faz parte do programa mais amplo de ilustração. Também convidamos profissionais da área que trabalham em agências e na área de comercialização – ou editores, como Dirk Rehm, para explicar como apresentar uma obra a uma editora.
Em termos de arte dos quadrinhos, Hamburgo, Berlim e Kassel devem ser as escolas superiores mais importantes na Alemanha. Ainda há outras?
A Escola Superior de Artes de Berlim-Weißensee também goza de uma boa reputação na área. Nos últimos tempos, temos visto várias pessoas bem formadas em narrativas em imagens em Kiel, sob orientação de Markus Huber. E Martin tom Dieck dá aulas em Essen, de lá certamente virão mais impulsos nos próximos tempos.

Anke Feuchtenberger: Die Spaziergängerin; © Feuchtenberger/Reprodukt VerlagAnke Feuchtenberger, nascida em 1963, é professora de desenho e ilustração de mídias na Escola Superior de Ciências Aplicadas (HAW) de Hamburgo. Publicou vários quadrinhos, a maioria deles pela editora Reprodukt. Sua publicação mais recente é a coletânea de narrativas curtas “Die Spaziergängerin” [A transeunte].



Retirado integralmente do site: http://www.goethe.de/kue/lit/prj/com/ccs/csz/pt10012169.htm

quinta-feira, 24 de abril de 2014

terça-feira, 15 de abril de 2014

Visões locais: a cultura global de protestos nas reportagens em formato de desenhos

Visões locais: a cultura global de protestos nas reportagens em formato de desenhos

(c) Enrique FloresQuadrinhos, desenhos avulsos ou caricaturas – cada vez mais amídia online é alimentada imagens desenhadas, que reproduzem os protestos globais dos últimos dois anos através de histórias subjetivas.

Testemunhas de diversos protestos: Enrique Flores e Viktoria Lomasko

Artistas podem transmitir seus relatos de forma imediata indo pessoalmente aos protestos, envolvendo-se e produzindo no local a sua documentação em forma de arte: Eles registram o que vêem, sentem e ouvem, para no máximo um dia depois postar online seu registro. É desta forma que trabalham por exemplo Enrique Flores em Madri e Viktoria Lomasko em Moscou.
Passeatas e comícios seguem acontecendo regularmente nas metrópoles da Rússia. Oposicionistas, anarquistas, nacionalistas ou partidários do movmento jovem “Naschi” manifestam suas diversas posições em praças públicas. Em seu projeto de longo prazo “Crônica da Resistência” Viktoria Lomasko vem documentando os atuais protestos em Moscou em toda a sua abrangência. Em seu trabalho, o que mais lhe interessa é como desenhar uma massa em movimento, ou como se pode mostrar o rosto que seria a expressão individual de cada comício.

Viktoria Lomasko
TV SymbolGaleria de imagens de Viktoria Lomasko, Moscou 


Os protestos na Espanha, o "Movimiento 15M", podem estar acontecendo simultaneamente aos que ocorrem na Rússia, mas sua motivação é totalmente diferente. Aqui trata-se de um movimento unido que critica as péssimas condições econômicas e políticas vigentes no país, manifestando a preocupação com o futuro da Espanha através de passeatas e encontros pacíficos e marcados por sua variedade e seu colorido. Enrique Flores tenta não perder nenhuma passeata que acontece em Madri. Suas imagens nascem no local dos protestos, como as de Viktoria Lomasko. Ele descreve seu princípio assim: “Eu tento desenhar o que vejo e registrar o que escuto. Quero ser uma testemunha ocular.”

Enrique Flores
TV SymbolGaleria de imagens de Enrique Flores, Madri

Jornalismo em quadrinhos: desenho-reportagem versus fotografia

A crescente popularidade do desenho-documentário é frequentemente relacionada com a suspeita de manipulação de material fotográfico. A questão que se levanta, se hoje em dia imagens artísticas formuladas a partir de uma percepção subjetiva merecem mais credibilidade do que a fotografia – que por sua vez substituiu a imagem desenhada das notícias desde o inicio do século 20 – foi um dos pontos de partida para a exposição “Tauchfahrten – Zeichnung als Reportage“ (Viagens de mergulho – o desenho como reportagem). Esta exposição foi um importante marco para o gênero desenho-reportagem nos países de língua alemã. Em conexão com ela os organizadores, o artista Alexander Roob e o historiador da arte e curador Clemens Krümmel, fundaram o Instituto Melton Prior, que pesquisa a história internacional do desenho-reportagem.

(c) Edition Moderne/Joe SaccoO norte-americano Joe Sacco é considerado o pioneiro do jornalismo em quadrinhos e desde os anos 90 vem descrevendo as guerras e conflitos em todo o mundo em histórias desenhadas, tais como Palestina: Uma nação ocupada, a segunda parte,Palestina: Na faixa de Gaza e Área de Segurança: Gorazde, sobre o conflito na Bósnia. Sacco, que estudou jornalismo, trabalha como um correspondente. Ele pesquisa histórias, faz entrevistas, colhe observações no local e ... desenha tudo. A constante presença de sua própria figura nos desenhos só vem destacar o filtro de sua percepção subjetiva. Em seu livro Reportagensele chega à conclusão que os quadrinhos, enquanto mídia, são a melhor forma de jornalismo: Os quadrinhos, segundo ele, não permitem que se tente produzir um relato neutro. O autor sempre tem que tomar partido e sua postura se torna então parte da notícia. 

Quadrinhos na rede

O projeto internacional The Cartoon Movement assumiu a tarefa de realizar na internet o trabalho editorial para caricaturas e quadrinhos políticos de qualidade. Na página da internet pode-se encontrar entre outras coisas documentos artísticos que estão desenvolvendo a “Internet-Comic” (quadrinhos para internet). Nestas histórias o usuário pode criar seus próprios caminhos, navegando através das informações – dessa forma, por exemplo, a história Chicago is My Kind of Town(Chicago é meu tipo de cidade) de Luke Rasl retrata os protestos ocorridos na cidade no verão de 2012, durante a conferência de cúpula da OTAN. Métodos de documentação tradicionais como vídeo, foto ou áudio estão criando um novo formato de reportagem totalmente híbrido, a Internet-Comic. Na Alemanha o artista berlinense Bo Soremsky pesquisa como as possiblidades da internet podem ser efetivamente aproveitadas para o desenho-reportagem e como este novo gênero de jornalismo artístico pode ser apresentado.

Talvez o futuro dos quadrinhos políticos e em especial do jornalismo em quadrinhos e do desenho-reportagem esteja na internet, pois eles permitem que os artistas realizem suas reportagens de forma espontânea, subjetiva e independente de qualquer censura. No entanto muitas questões instigantes permanecem sem resposta, por exemplo: como gerar um valor agregado ao processo de criação artística, se o meio utilizado é a internet; ou ainda, como estes trabalhos de alta qualidade podem alcançar a merecida exposição pública em meio a um turbilhão de informações? Quem vai realizar o trabalho de edição? Como as obras de arte publicadas na internet podem ser remuneradas de forma apropriada? Em última instância, o fator “presença” continua sendo determinado pela presença física. Os próprios movimentos de protesto da atualidade demonstram isto. Mesmo sendo organizados na internet e através de redes sociais, são as pessoas que vão para as praças públicas das metrópoles protestar, como se fazia há cem anos, e em meio a elas estão os artistas, para documentar tudo.
Olga Vostretsova,
nascida em Novosibirsk, foi colaboradora do Departamento Cultural do Goethe-Institut de Moscou por muitos anos. Atualmente trabalha na galeria de arte contemporânea em Leipzig. Além disso está cursando o mestrado em Cultura e Curadoria na Escola de Artes Gráficas de Leipzig.Copyright: Goethe-Institut e. V., Redação na internet
Abril de 2013

Retirado de: http://www.goethe.de/kue/lit/prj/com/ccs/csz/pt10814849.htm 

terça-feira, 8 de abril de 2014

Certificados Disponíveis

Os certificados do curso "Oficina de Histórias em Quadrinhos/ análise Crítica de HQs - Turma 2" já estão disponíveis na secretaria do ICS.

Diogo Araújo Sena, Irenilda Santos, Janaína Araújo, José Rafale Acioli, Mácllem Rocha, Mariana Petróvana, Mirian Oliveira, Natália Agra, Nathalia Lese, Pedro Vasconcelos, Rebeca Gularte, Sara Santos e Susana Oliveira

Atenção

Pessoal vocês precisam escolher os temas dos seminários. Consultem o Plano de Ensino e me avisem da escolha o quanto antes.

sexta-feira, 21 de março de 2014

O que é uma narrativa?

Do site:http://quadrinheiros.wordpress.com/

Três Atos – 1° episódio da série Quadrinheiros explicam

sexta-feira, 7 de março de 2014

Início da "ECOS042 - OFICINA DE HISTÓRIA EM QUADRINHOS".

Aos matriculados na disciplina
"ECOS042 - OFICINA DE HISTÓRIA EM QUADRINHOS".

As aulas serão no Mini-auditório do Mestrado em Sociologia, no prédio do ICS/ICHCA, às 17h.
Já começaremos agora nesta segunda-feira, 10/03.